quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Era uma vez....


Era uma vez numa cidade do interior de um país pobre, um hospital que servia a toda a região, e este por ser considerado de importância vital para os moradores, sempre foi visto como ferramenta para conseguir o poder, este hospital sempre sofreu revezes, mas nunca como o que ocorreu no final de 2012,  as vésperas da eleição municipal da cidadezinha onde ele é construído. Pois bem, apesar de serem fracas suas receitas, as mesmas davam apertadamente para cobrir as despesas visando seu funcionamento,  mesmo precário, só que a principal fonte de recursos do mesmo era a maternidade, e esta por força de lei só pode existir se houver o obstetra e o pediatra, e existiam, até que por forças ocultas aos interesses  do hospital os pediatras(que atuavam a época)e que se dedicavam a atender toda uma região, simplesmente se afastaram, deixando o atendimento às gestantes da cidadezinha e de toda região sem amparo, tendo que serem transportadas para outras cidades para ter seus  filhos longe de seus lares.
Mas, como TUDO que é construído no amor e no serviço ao semelhante, é abençoado por Deus , o hospital o é;  e Ele  está abençoando com a boa vontade do atual mandatário da cidadezinha, bem como com o engajamento de todos os médicos que sempre se comprometeram com ela, uns mais outros menos, mas sempre estiveram juntos, a provedoria, os  enfermeiros e empregados abnegados que mesmo sofrendo as agrúras de trabalhar com salários atrasados, mesmo assim resistiram e confiaram no reerguimento do maior  Hospital da cidade, até porque é o único numa região de quase 70000 habitantes. Esta instituição caminha para ser referência de atendimento, principalmente às gestantes de 9 cidadezinhas vizinhas, ela voltará a ser a Casa de Caridade, mesmo que alguns paguem pelos seus serviços, que atenderá a todos na missão de amparar e proteger as novas vidas que virão ali nascer bem como de suas mães, e amenizar as dores daqueles que possam vir necessitar dos seus serviços, tanto para atendimento local ou para estabilização e encaminhamento a outro centro de saúde mais bem equipado e apto a atender.
Pelas ruas, ouvi muita conversa a respeito da instituição, e uma delas me deixa indignado, mas deixo esta indignação presa no limbo do esquecimento, visto que não aceito como verdade tal fala, o que é a meu ver inacreditável, vindo de quem foi dito que veio: "Aquilo lá ainda não fechou não!?".
Não fechou, e caminha como já foi dito, para o alto, com a proteção do Filho de Deus que se encontra ao lado de braços abertos. Sei que um prédio tem fundações, e estas nada mais são que raízes e pelo que tem sido demonstrado durante 90 anos de existência, este Hospital que já recebeu em seus corredores o Maior Sanitarista do Brasil, Dr. Osvaldo Cruz,  é sem dúvida erguido sobre Raízes Fortes que o sustenta contra a força de todos os tipos de vento, ventos da natureza e ventos dos interesses adversos a sua missão.