Confusões Primeira Parte....
Vida, no seu princípio já é uma
confusão, visto que nós humanos dependemos de outros para sobrevivermos, e
pelo menos termos o direito de pensar e escrever uma besteira desta … mas mesmo
que possamos achar besteira é interessante pararmos e analisarmos o que importa
ou não, o que acrescenta alegria e
felicidade à nossa vida. Quanta coisa que sabemos que somará doses altas de
alegria e felicidade, mas os costumes, a moral, o respeito, as leis, tudo coisa
inventada pelo homem para frear o homem, esta afirmação cabe aos dois, homem e
mulher. Quanta coisa podemos fazer que por um monte de senões, não devemos
fazer, e com isso a vida se esvai e fica pra trás um monte de sonhos não
realizados que poderiam se-lo. Lendo a obra O ANTICRISTO, de Nietzsche, em suas primeiras páginas o filósofo faz menção ao não atingimento de objetivos por
motivos abstratos, como moral, ética e religião. A forma maior de condenação é
a alta condenação, explico, se temos um começo que é um mistério, e a cada
segundo, seja nele fazendo o bem ou o mal, ou mesmo não fazendo nada,
caminhamos para outro mistério que é o fim do caminho, que é inesperado e
raramente desejado, a morte. Então por que não ser feliz, sem culpa sem se arrepender do ato que
foi cometido em troca de alegria e satisfação do desejo , sem alto cobrança, sem peso na consciência
por causa das negativas criadas por homens e mulheres para nos tolher e deixar
no tempo o que poderia ser arquivado no coração como sentimento bom e feliz.
Desejos não saciados que vão com a gente
para o túmulo, e fico meditando, quantos já não foram enterrados, cremados,
apodrecidos e devorados, sem viver sonhos desejados, palpáveis e realizáveis,
mas por causa do “mas” não o fizeram…. Quantos sonhos, quantos desejos, quantas
vontades foram sufocadas causando um vazio no peito por saber que o que foi
nunca mais será… mesmo que forcemos muito para fazer parecer o que era e não é
mais… Vida, interessante pensar sobre ela, escrever sobre suas curvas e retas,
suas alegrias e frustrações, e por mais que tentamos entender a beleza da
incerteza que ela é, mais queremos viver, cada sonho, cada carinho, cada
reconhecimento, cada ação em prol do outro, cada doação, cada minuto empregado
no sentido a felicidade própria e de outrem, cada segundo gasto num suspiro
profundo de ar puro da manhã ao nascer de um novo dia…. Mesmo tendo, aqui sim,
a única certeza dela… seu fim, fim de
tudo que era compartilhado com quem continua a caminhada depois que findamos a
nossa.Se o início nosso, é o nascimento, o
fim, é a morte, o meio, tem que ser alguma coisa, e se eu puder definir, eu
defino como o intervalo para ser feliz. E por isto todas as confusões tem que
serem vividas com alegria e com uma perfeita sincronia com a lógica, nascer,
ser feliz e morrer…. Visto que não levaremos nada, mesmo os sonhos, desejos e
vontades serão tomados da gente no ato do último suspiro… e ficarão para outros
tentarem alcança-los até que novamente são deixados neste plano. A grande
verdade da vida é a certeza que seu enredo é o mesmo sempre em todas as estadas
nossa por aqui, por mais que a queiramos plena ela sempre estará incompleta com
a falta de algumas laudas no final, como o filme bom que sempre acaba deixando a quem o assiste um vácuo, desejando que este continuasse indefinidamente, mas
não é assim e entre frustração e frustração fica fixa a triste constatação… vida
mistério inacabado sempre.
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