sexta-feira, 9 de abril de 2010

DO EXTREMO MEDO À CORAGEM PELA VIDA.


A gente vive em constante incerteza no tocante a estar bem ou estar mal, quando menos esperamos temos a surpresa de que nosso organismo está debilitado e precisando de uma manutenção preventiva, igualzinho a um carro quando começa a ratear e dar retrocessos ao ser desligado. Assim aconteceu comigo, quando fui ao meu médico de costume, no qual confio, tanto que a ele entrego a responsabilidade de fazer a manutenção e acompanhamento da minha saúde, desta feita com os exames de praxe, o ECG com o disturbiosinho de nascença que tenho deu normal mais uma vez, mas para ser diferente meu exame de PSA(Exame para verificação da sanidade da próstata), se manteve como de rotina, elevado. Todos os outros em condições normais e este elevado, o que fez meu médico me instruir a repeti-lo para uma segunda opinião laboratorial em condições diversas a do primeiro. Cumpri o pedido, e mais uma vez o "diferente" se manteve igual ao primeiro e a tantos outros já realizados no passado, visto que uma vez fui diagnosticado como portador de HPB - Hiper Prostatismo Benigno, que nada mais é de uma próstata de tamanho fora do normal para minha idade. Pois bem, o meu check up (ista), médico, se mostrou preocupado com o resultado e me disse o seguinte: "Vou te indicar um urologista para um exame mais apurado, tendo em vista que este seu PSA está mantendo elevado constantemente." Aí a gente pensa, tudo bem, vai ser mais um daqueles exames como os já feitos no passado, que são de certa forma constrangedores, mas nada fora do normal, e fui eu com o endereço nas mãos e feliz até então, sem demonstrar nenhuma preocupação maior, procurar o consultório do Dr. Anderson Moisés Aylpe, em Juiz de Fora, munido de todos meus exames de sangue, PSAs, que ao ser recebido por este profissional da medicina, Médico com M, maiúsculo, ao verificá-los constatou o mesmo que o meu Médico de São João, com M maiúsculo também, já havia descoberto, a resistência do PSA não baixar. Como comuniquei ao mesmo que tinha feito outros exames complementares no passado, foi por ele solicitado que na próxima consulta os levasse para uma verificação dos resultados anteriores, o que foi feito, mas ... o eterno mas, eu havia feito o exame de Ultrasom Intraretal sem biópsia, o que não o satisfez para fazer um diagnóstico eficaz do meu caso. Solicitou então que eu providenciasse o novo exame de Ultrasom Intraretal com biópsia, o fiz e tive neste exame o resultado que homem nenhum quer ter, em 12 (doze) punções, seis de cada lado da minha hoje inexistente próstata, uma delas acusou o início de formação de células com suspeita de anomalias... Dr. Anderson com o exame em mãos .... fez outro pedido de exame específico agora a esta área, e com isto começa o medo aflorar em minha mente, devido a esta constatação inicial, mas como diz o ditado "quem tá na chuva é pra se molhar", segui em frente e fui ao laboratório para solicitar o novo exame, feliz por não ter que passar pela UltraSonografia Interretal com biópsia de novo, uma vez que o material tirado na que fiz fica armazenado para estes tipos de reexames. Estava tranquilo e de certa forma apreensivo, pois não sentia nada quanto a próstata, a não ser um incômodo para urinar pequeno, quando segui para buscar o resultado daquela amostra, confiante que daria negativo para tumor, e muito menos maligno... quando com o resultado nas mãos antes de levá-lo a médico, numa curiosidade leiga, abri-o e li a palavra negativa no texto e foi o que bastou para ficar eufórico e seguro que nada de errado estaria acontecendo, ledo engano, quando mostrei o exame ao Dr. Anderson, ele ao abri-lo me informa que suas suspeitas se confirmaram e aquelas formações de células anormais representavam o início de um tumor maligno em minha próstata, e que o diagnóstico para estes casos é a retirada total da mesma (PROSTATECTOMIA RADICAL). Como disse acima, abri o exame e a palavra negativa que constava nele nada tinha a ver com o resultado final apurado, e como se eu estivesse tomado um choque fui da euforia ao abatimento, mas ainda perguntei numa última esperança de não ter que ser submetido a tão radical cirurgia, que além de mutiladora pode trazer efeitos colaterais indesejáveis, dos quais falarei mais a frente. Fui informado que postergar tal situação poderia ser a assinatura da minha sentença de morte, em se tratando do encontrado, que ao pegar uma folha de papel A4, pra ser mais exato o verso do laudo do exame, ele com a caneta fez um ponto ínfimo num dos cantos da referida folha e me disse "este é seu problema hoje, se deixarmos passar 3 anos ele pode ramificar para toda próstata e para órgãos vizinhos e te matar". Me matar, aí está para quem ama a vida, o extremo medo, o da morte... mas confesso não fosse pelos "amigos" que vem com conversas como, esta operação acaba com o homem, você vai ficar impotente, o fulano fez e não tá bem não etc(que realmente são os tais efeitos colaterais, quando do diagnóstico tardio e intervenções realizadas sem o cuidado com a preservação de áreas ligadas a ereção) eu tive uma calma acima do normal se comparado ao pavor dos que me rodeavam ao saberem do meu estranho visitante prostático.
Que Graças Àquele que consola Seus filhos nos momentos de tristeza e insegurança, e num amor incondicional a minha vida, corri atrás com uma coragem desconhecida até então e com o incentivo da minha companheira, para que tudo que tinha que ser feito o fosse o mais rápido possível, e o que aconteceu em menos de 2 dois meses entre o diagnóstico e a cirurgia, que encarei como já afirmei acima, com extrema tranquilidade, o que acho me deu o prazer de não sentir dor alguma, mais uma vez agradeço Àquele Divino Pai que nos consola, e como prêmio maior os famigerados efeitos colaterais não me atingiram, visto que com 14 dias após a intervenção cirúrgica tive o prazer ver que nada de anormal tinha com minhas funções masculinas. Hoje dia 10 de Abril de 2010, esta fazendo 90 dias desde que acompanhado das minhas duas filhas Nayana e Maritza e da minha companheira Thais, estava eu no Hospital Monte Sinai em Juiz de Fora, operado e acompanhado pelos profissionais da saúde ali existentes e meu admirável Médico, Dr. Anderson Moisés Aylpe que posso dizer com firmeza e convicção interviu em minha vida como um anjo de Deus Pai falando em transcendência, e como um segundo pai terreno, me tratando com atenção e carinho num momento em que confesso me sentia fragilizado e dependente de todos a minha volta, mas tudo hoje me parece longe, meu primeiro PSA pós cirurgia ficou a menos de 1 ponto, coisa nunca acontecida, estou ainda sob os cuidados pós cirúrgicos por 1 ano, devendo ter uma vida sem excessos quanto a pegar peso, praticar esportes de impacto, andar a cavalo, de bicicleta etc, mas tudo isto é fichinha pelo que poderia estar passando daqui a alguns anos... Graças a Deus é o que posso dar hoje, e dizer MUITO OBRIGADO aos Doutores Renato, Dr Waldir, e o já aqui várias vezes mencionado, Dr Anderson Moisés Aylpe, que a título de informação aos meus conterrâneos é sobrinho do nosso e de nossos pais estimado Dr Nagib Camilo Aylpe, provando que tem RAIZES FORTES em relação a competência profissional e humanitária, esta segunda pode ser comprovada em nossa Policlínica uma vez por mês, aos sábados, quando este Médico vem atender nosso povo aqui em São João Nepomuceno, numa demonstração de doação, doação sim pois pelo que ele faz em Juiz de Fora, ainda dedicar um tempo para levar seus conhecimentos a outra comunidade é como disse a ele, a política mais linda que um cidadão pode fazer e participar, a política da solidariedade, da consciência do serviço em prol daqueles que não podem, enfim não há no mundo dinheiro que pague a dedicação de um profissional que doa seu tempo como faz o Dr. Anderson Moisés Aylpe. Que Deus nosso Pai o compense com graças e saúde meu amigo.

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