sábado, 30 de maio de 2015

Para onde fugir...

Pra onde fugir....

               Quando o barulho é intenso, mesmo sendo música, ele incomoda, quando não se está com vontade de fazer uma coisa que o outro quer que você faça, quando você quer dizer não,  mas diz sim, só para não deixar o outro aborrecido. Quando o diferente se torna mesmice por não ser aquilo que você gosta de fazer, quando as pessoas que estão a te chamar mesmo sendo amigas, não compreendem que o que um gosta não tem obrigatoriamente que ser aquilo que o outro tem que gostar e que forçar uma decisão positiva é fazê-lo sofrer. Tudo dentro de um limite é bom, mas tem momentos que nem os programas mais animados são aquilo que alegra o coração e alimenta a alma. Um dia eu afirmei o seguinte: Momentos são momentos e se bem vividos se transformam em experiências de vida, tudo bem, continuo pensando assim, mas, sempre tem um,  mas, pois é preciso entendimento entre as pessoas para que os mesmos  sejam bem vividos, senão eles se tornam um compromisso, uma obrigação que se espera prazerosa e acaba sendo sacrificante, mesmo que os sorrisos estejam estampados no rosto. E a alegria que um sente não é compartilhada verdadeiramente pelo outro, até podem dizer que isto é o que chamamos hipocrisia, falsidade, incompreensão, mas eu me arrisco a dizer que é medo, insegurança, apego ao outro, uma vez que o não que deveria ser dito se transforma em sim para como já disse acima, não contradizê-lo, não contrariá-lo, não arriscar a perdê-lo....  Uma vez que o tempo apaga tudo, e arrasta tudo, as coisas boas e as que não são tão boas, e aí o não sim, vai para o arquivo do passado... Mas, eu meditando pouco antes de escrever este texto, cheguei à conclusão que não tenho para onde fugir, não tenho mais ninguém onde possa ir para sair do ambiente do dia a dia, amigos... Ah o que são? Hoje em dia fica difícil dizer quem é amigo ou colega da rotina diária, os interesses sempre existem e amizade tem que existir sem que haja interesses, apenas amizade e parece ser impossível; parentes, ah parentes... Eu os tenho, mas cada um tem sua vida e não me sinto incluído nela, sempre foi assim, eu no meu canto sem saber cantar uma nota sequer. A cada dia que passa eu me sinto como uma arvore que o tempo fez brotar, crescer e as estações climáticas derrubam suas folhas e as fazem crescer de novo e também faz suas raízes antes fortes ficarem corroídas obrigando os galhos vergarem e secarem, a espera de um machado, minha sombra que protegia muitos ao meu redor já começa a ser penetrada pela luz, perdendo sua importância, começando aos poucos sumir... A àquele que por ventura ler este texto, posso afirmar, aqui encontrei o lugar perfeito para onde fugir e me abrigar do mundo a minha volta, mas a cabeça ainda está firme em cumprir o não sim.... Senão o que me restará sei que é bem pior....

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